quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

SUPER-ENCONTRO ENTRE HERÓIS BRASILEIROS DOS QUADRINHOS!!!

Previsto para ser lançado no mês (e ano) que vem, já vou adiantando para vocês a nova façanha de Chagas Lima, o quadrinhista potiguar autor do IcFire, personagem que já atingiu a impressionante marca de mais de 80 números editados de forma independente – e esta nova façanha vem dedicada aos fãs dos super-encontros entre os super-heróis brasileiros dos Quadrinhos: Lima reuniu numa única aventura, ao lado do seu Icfire, também o Vulto (do mineiro Wellington Santos), Brasão Verde (do paulista Emerson Lino), Homem-Camaleão (do maranhense Riccelle Sullivan Suád) e até o Reação, criado por este que vos escreve. Todos aparecem juntos nesta nova publicação escrita, ilustrada e editada por Chagas Lima, intitulada Supercrossover n.1 (30 cm x 21 cm, 20 páginas p&b, capa couchê colorida, por R$ 4,00), onde os heróis se reúnem para enfrentar a invasão de demônios que ameaçadoramente paira sobre Natal, a capital norte-riograndense. Uma reunião muito animada, pra lá de divertida, um prato cheio para os fãs dos personagens brasucas dos Quadrinhos. E como disse a misteriosa Demônia, ao final: “E isto ainda não acabou. Está muito longe do fim.” Tomara! Que venham mais supercrossovers! icfire.clima@gmail.com ou visite icfirehq.blogspot.com

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MOCINHOS & BANDIDOS CHEGA NA 100a. EDIÇÃO

Chega ao centésimo número a revista Mocinhos & Bandidos (30 cm x 21 cm, 48 páginas p&b, capa colorida), editada por Diamantino da Silva. Para quem não sabe, trata-se de um notável historiador dos comics, autor de livros como Quadrinhos Para Quadrados (que teve recentemente uma nova edição lançada) e Quadrinhos Dourados. Diamantino da Silva é um dos precursores dos personagens brasileiros dos gibis, tendo feito parte da História da Editora Júpiter (a original, paulistana, da primeira metade dos anos 50 do século passado, a mesma onde trabalhou Gedeone Malagola). Nas páginas das edições originais da Editora Júpiter foram publicados personagens criados e desenhados por Diamantino da Silva, como Ney Foguete, Flávio Corsário e Rosinha Repórter. Por esta mesma época, fez para os jornais Simão Brasil. Já o Mocinhos & Bandidos na verdade é uma extensão de uma iniciativa pra lá de simpática que é o Clube Amigos do Western, que promove reuniões entre fãs dos antigos seriados de cinema – todos trajados adequadamente, ou seja, vestidos como caubóis de filme antigo. O primeiro número de Mocinhos & Bandidos saiu como fanzine xerocado no ano de 1986, depois foi crescendo, ganhou patrocinadores, virou revista mas nunca deixou de ser o que sempre foi: uma valorosa publicação independente de Diamantino da Silva e seus parceiros, lançada com impressionante regularidade trimestral. Mocinhos & Bandidos trata não somente de faroeste, pois sempre esteve aberto a outros estilos como aventura, ficção, suspense, etc, mas sempre com olhos voltados para o passado, mais precisamente o das épocas em que Diamantino e amigos eram crianças e frequentavam as matinês e deliravam com os serials que eram projetados nas telas de cinema. Como não poderia deixar de ser, esta 100ª. edição está especialíssima, com ótimos artigos sobre Hopalong Cassidy, Vincent Price, The Son Of The Pioneers (a fabulosa banda country que aparecia nos filmes de Roy Rogers), Robert Lowery (que foi o Batman no seriado de cinema de 1949), a maravilhosa Gloria Grahame e a sensual Jane Russel. Não faltam as sessões habituais: o teste de Você Sabe?, as sínteses sobre Seriados do Cinema, a Galeria dos B Westerns, a memória de grandes artistas do cinema em Você Lembra Deles?, além da estréia de duas novas sessões: Sidekicks & Vilões e Galeria dos Mocinhos (começando muitíssimo bem com Roy Rogers). Como não poderia faltar numa edição comemorativa, há artigo e fotos fazendo referência a História do Mocinhos & Bandidos e também do Clube Amigos do Western. Imperdível! Ei, os jovens seguidores do nosso blog devem ter ficado “boiando” nessa postagem, perguntando-se continuamente “quem? quem?” – fica a sugestão para começarem a colecionar Mocinhos & Bandidos a partir deste centésimo número. Peçam através do email mocinhosebandidos@ig.com.br

XIRULAUTÉRIO E OS DINOSSAUROS: UMA PEQUENA OBRA-PRIMA DOS QUADRINHOS

Jorge Ubiratã da Silva Lopes, o Byrata, é um experiente artista dos Quadrinhos, apesar de ainda ser pouco conhecido entre os brasileiros. No seu estado do Rio Grande do Sul é diferente, e mais ainda na sua boa terrinha Santa Maria. Pois foi com incrível talento e dedicação pessoal ao longo de anos, e com ajuda de diversos empresários e amigos santa-marienses, que foi possível o lançamento de um caprichado álbum em Quadrinhos apresentando seu personagem Xiru Lautério, a segunda parte de suas aventuras com dinossauros. O ambiente em que vive Xiru é o dos pampas gaúchos (quem não conhecer as gírias locais vai precisar de dicionário), mas vai se decepcionar quem espera encontrar narrativa regionalista piegas. Em Xirú Lautério estão muito presente as tradições gauchescas, e muito mais: Xiru Lautério E Os Dinosauros II (30cm x 21 cm, 100 páginas p&b, capa colorida cartonada e plastificada, lançamento da Editora Rio das Letras) mostra experiência científicas temporais, apresentações de compositores já falecidos (uma ótima chance do autor prestar homenagem a grandes cantores do cancioneiro popular, gaúcho e brasileiro), dinossauros pra lá e pra cá, mas mostra também luta de facão, tchê! A narrativa de Byrata alterna aventura, suspense, bom-humor, e seu traço é sóbrio, muito agradável de se ver. Trata-se de uma obra-prima dos Quadrinhos, que vale a pena conhecer! Eu só pude conhecer graças a meu bom amigo Antonio Mello (que os fiéis leitores dos gibis da Júpiter II já conhecem como roteirista do Brigada das Selvas e do Capoeira Negro), que gentilmente me enviou um exemplar, mas vocês podem conseguir contatando o próprio autor em www.byrata.com.brbyrata@hotmail.com

BILLY THE KID & OUTRAS HISTÓRIAS CHEGA NA 15a. EDIÇÃO COM MUITO TIROTEIO!

Chega ao 15º. número – o que não é pouca coisa em se tratando de publicação independente – Billy The Kid & Outras Histórias, 21 cm x 14 cm com 36 páginas p&b e capa colorida de Emmanuel Thomaz, por R$ 7,00, apresentando HQs de faroeste narradas e ilustradas por ótimos artistas brasileiros como Sandro Marcelo, Teo Pinheiro e o editor Arthur Filho, além do citado capista Emmanuel Thomaz, meu parceiro atualmente em Chico Spencer, aventurando-se com o talento peculiar no mundo do faroeste – ele que já havia ensaiado alguns passos no referido estilo de HQ aqui mesmo na Júpiter II, ilustrando a segunda parte de Capitão MacNamara Contra A Invasão Extraterrestre. Nesta edição de Billy The Kid ele abrilhanta ainda mais o ótimo roteiro de Arthur Filho em “Cidade Tranquila”, narrativa sobre o dilema de ser um xerife de verdade ou um simples funcionário da lei. Thomaz também ilustra outra HQ desta feita baseada em letra de música de Wilson Renato: “Ringo” surpreende pelos criativos enquadramentos e narrativa meio lisérgica. A revista ainda apresenta ilustrações de grandes nomes dos Quadrinhos brasileiros como Lancelott Bartolomeu, Luís Saindenberg e Adauto Silva. Pedidos para arthur.goju@bol.com.br

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A VOLTA DAS HQs ROMÂNTICAS!


Cooperativa de Quadrinhos Júpiter II resgata outro estilo de HQ muito popular no passado, o das histórias românticas. Romance Em Quadrinhos chega em seu primeiro número apresentando 28 páginas p&b contando um “Sonho De Cidade”. E o grande destaque deste novo revival, e que pode ser apreciado a partir da capa, é o deslumbrante traço de Adauto Silva, experiente artista dos Quadrinhos desde os tempos da Rio Gráfica Editora (RGE) de Roberto Marinho, onde trabalhou ao lado de grandes feras como Walmir Amaral, José Evaldo e tantos outros – e traço que os nossos fiéis leitores não se cansam de admirar, seja nos dois primeiros números de O Bom & Velho Faroeste ou nas diversas capas, ilustrações e páginas publicitárias que produziu especialmente para nossas publicações. Eu, que não sou bobo nem nada, rabisquei um roteiro que ficará muito melhor do que parece, nas mãos do mestre Adauto. (JS) smeditora@yahoo.com.br


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A PRESIDENTE ANTI-ROMÂNTICA

Consultando o Dicionário Universal da Língua Portuguesa, encontramos seis significados para a palavra ‘romântico/a’. Para fins desta crônica, vamos tomar os segundo e terceiro significados: poético e idílico. Esqueçamos, portanto, os movimentos artísticos e literários dos séculos XVIII e XIX, e foquemo-nos naqueles que são chamados românticos porque jamais se entediam com a parceira ou com seu parceiro amoroso, mesmo sendo cônjuges consolidados e maduros, longevos. Que gosta de caminhar com a namorada/o de mãos dadas, ou levando o animal de estimação para passear. Românticos são aqueles que adoram assistir comédias românticas em dias chuvosos ou friorentos, abraçadinhos debaixo do cobertor. Agora, puxando a sardinha um pouco para nosso lado, homem romântico é aquele que abre a porta do carro para a companheira, que lhe compra flores, que lhe cede a vez, que fica paquerando a esposa, que a convida para dançar – e, de preferência, que dance bem – e que não perde a chance de admirá-la sob um luar resplandecente, ouvindo Frank Sinatra...


Do romantismo para a sra. Dilma Rouseff, lamentavelmente nossa atual presidente da República. Estamos perto de completar um ano de seu mandato, e, acreditem, ainda não consigo odiá-la. Abomino tudo e principalmente todos a quem ela representa, mas não consigo odiá-la. Não consegui odiá-la nem durante a campanha eleitoral, e olha que fiquei muito bravo, quase raivoso, naquele episódio em que ela apareceu rezando ao lado de um deputado “bunitnho”, tentando limpar a barra diante dos católicos depois de ter declarado um entusiasmado apoio pela legalização do aborto no Brasil. Uma das maiores blasfêmias já vistas! Que ultraje infame para a Igreja Católica, ao menos para os “novos cancioneiros” que apoiaram essa masquarade. Uma defensora do aborto e da promiscuidade homossexual na presidência da Pátria do Evangelho! Seja como for, nem assim consegui odiar a sra. Rouseff. Primeiramente, porque ela me divertia muito nos debates. Uma incrível dificuldade para organizar frases conexas (atitudes que ela vem mantendo coerentemente, neste primeiro ano de mandato), uma verdadeira atarantada. Claro que iria vencer a eleição, pois, como bem lembrou o sr. Ferreira Goulart (em depoimento a José Nêumane Filho no livro O Que Sei De Lula), o mentor da presidente Dilma, o malfeitor-mor Lula da Silva comprara milhões de votos com o bolsa-família e seus beneficiários votariam em quem ele pedisse. A propósito, em crônica passada cheguei a dizer que, no futuro, estes governos petistas iriam ser mais odiados e abominados do que hoje acontece com os governos militares. E este livro acima citado do jornalista Nêumane certamente se tornará um dos maiores instrumentos para que se prevaleça a verdade histórica. O Que Sei De Lula é um depoimento muito sincero sobre a figura do ex-presidente. O autor não se furta de admirar a trajetória pessoal de Lula, as dificuldades que enfrentou na infância e juventude, e o grande gênio da comunicação de massas que se tornou. Mas não perdoa os desmandos, a corrupção administrativa, os discursos virulentos e racistas provocando discórdia entre os brasileiros, o uso da polícia federal como uma kgb atacando somente inimigos políticos, a aproximação simpática com tiranos sanguinários espalhados por todo o mundo – e o evento essencial, que Nêumane não perdoa: o duplo sorriso cínico, de Lula e seu ídolo Fidel Castro, na hora da notícia do falecimento de um prisioneiro político cubano, por inanição. O Que Sei De Lula é desde já um livro indispensável para se tentar entender o que se passa no Brasil. Quem ler vai perceber que vivemos de certa forma num tempo muito mais obscuro do que foram os governos militares. Especialmente professores e professoras que apoiaram a eleição de Dilma Rousseff, devem ler este livro para saber o que Gilberto Gil, ministro da cultura do mentor Lula da Silva, fez contra as nossas crianças. Foi por obra de Gilberto Gil que o funk e sua ideologia desastrosa de niilismo destrutivo e sensualidade desregrada e grosseira, essa ‘coisa’ foi constantemente incentivada e vem destruindo a moral de nossos jovens e crianças. Não é pra menos que o sr. Gil pode ser visto num vídeo do youtube, todo sorridente no palco durante um show de sua filha Preta Gil cantando “vem arregaçar minha bu...”. Queria ver o sr. Gil sorrir se visse o que os professores e professoras tem que passar, depois que os jovens tomaram contato com esse tipo de ‘música’ que ele tanto incentivou, por motivos escusos! Leiam no livro que está tudo por lá, isso e muito mais, coisas ainda piores!


Enfim, aí temos a sra. Rouseff na presidência da República, uma senhora que não tem a menor idéia de como governar o Brasil. Ainda conta com o apoio da maior parte da imprensa, que consegue fazer com que muitos continuem acreditando que nossa presidente seja uma “faxineira” da corrupção, além de ser eficiente “gerentona”. Os ministros os quais foi obrigada a manter e aceitar por ordem de Lula da Silva, aprontaram durante todo o primeiro ano de mandato. Assoberbados com anos de desmando e impunidade sob as benesses do ex-presidente, não aguentaram novas denúncias de corrupção administrativas. Muitos já caíram do poder e outros se seguram de forma patética, mas ainda assim soberbos, como espertos chantagistas. E ainda surge escancaradamente, diante dos olhos de todos, escandalosas falcatruas na organização da Copa do Mundo, e uma submissão lamentável de nossos governos, de todos os níveis, aos gângsters do futebol mundial. E neste quadro, as boas almas iludidas que votaram em Dilma Rousseff encolhem-se diante dessas notícias, até meio envergonhadas. E eu sem conseguir odiar a sra. presidente da República. É certo que também não sinto comiseração, afinal, ela, discípula de José Dirceu, sabia muito bem onde estava se metendo, conhecia muito bem esse monstruoso esquema de corrupção administrativa jamais visto neste país.


Mas sabe que fiquei com pena sim, da dona Dilma, depois de ouvir uma recente notícia pelo rádio? O locutor se referia a esse patético affair do ministro do trabalho Carlos Lupi, flagrado em diversos casos de corrupção e recusando-se a deixar o cargo, proferindo declarações lamentáveis e virulentas, constrangendo até mesmo seus aliados (já ficou mais tempo até do que o ex-todo poderoso ministro Pallocci, o organizador de finos bacanais). Um dos gracejos do infeliz ministro foi dizer “Eu amo a presidenta!”. E a sra. Roussef, coitada (olha eu sentindo pena do tipo!), declarou que “não tinha mais idade para ser romântica”! Que pena, sra. Rouseff, que lástima! Creio que se a senhora fosse romântica, teria até mais tranquilidade na alma para a difícil empreitada de governar o Brasil! E, na posição de líder, a senhora deveria pensar ainda mais cautelosamente em cada palavra que diz, pois há de repercutir nos corações e nas mentes do povo brasileiro. Incentive o romantismo, presidenta! Diga que é romântica e que assim será pelo resto da vida, até quando estiver bem velhinha! Incentive músicas românticas por todo o país, que possam quem sabe tomar lugar do horrendo funk promovido por Gilberto Gil. Sugira sempre que as pessoas leiam livros, revistas, assistam filmes com ênfases românticas. Promova o romantismo, sra. Roussef! Exulte nos quatro cantos do país que vale a pena ser uma pessoa romântica e fiel ao companheiro/a, mesmo que tenha 125 anos de idade! Incentive o romantismo sra, presidente, incentive-o mesmo que o mundo todo pareça chafurdar numa promiscuidade obscena, mesmo que se permita os desvarios e desrespeitos públicos do intolerante orgulho gay que se justifica dizendo que “traz dinheiro pra cidade”, mesmo que as festas se pareçam ainda mais depravadas do que o mais agressivo dos underground comics, mesmo que o país e o mundo se transformem numa imensa mtv, mesmo que atrizes famosas e famosinhas assumam com nariz empinado o aborto que deliberadamente cometeram, insista no romantismo, presidenta! Insista em estimular a cortesia, os atos carinhosos, gentis, fiéis, regrados, equilibrados, amorosos! Tenho certeza, dona Dilma, que agindo desta forma terá muito mais chances de cativar os católicos sinceros, ao menos muito mais do que teria protagonizando outra farsa ridícula como aquela das eleições, ao lado do deputado “bunitnho”. (JS)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SURGEM OS JOVENS GUARDIÕES!!!

O mineiro Dennis Rodrigo Oliveira (desenhista do Tormenta e do álbum Destemido) acaba de lançar mais um prozine, Os Jovens Guardiões. Para entender o universo dos personagens criados por Dennis, deixemos que ele mesmo rapidamente o explique: “é uma realidade alternativa que abriga versões de meus super-heróis brasileiros prediletos”. Por isso, os fãs destes personagens terão motivos a mais para apreciar esta edição, descobrindo as inúmeras referências usadas na história do autor-fã. Mas mesmo quem nunca tenha nem ouvido falar em super-heróis brasileiros dos Quadrinhos (não sabem o que estão perdendo, hein?) vai poder entender e apreciar as bonitas páginas desta revista (21 cm x 15 cm capa couchê duas cores, 24 páginas p&b e tons de cinza). Os Jovens Guardiões é diversão de qualidade, graças ao talentoso artista e editor. Ah, como se não bastasse esta edição está ainda melhor, podendo contar com ilustrações de outro mineiro, Wellington ‘Vulto’ Santos. Saiba mais sobre este fascinante universo de fantasia em http://fotolog.terra.com/revistapequenoscontoshqs

MAIS UMA ÓTIMA EDIÇÃO DO FANZINE TCHÊ!

Recebo de Denílson Reis a 39ª edição do fanzine Tchê. Para quem não sabe o Denílson é um dos mais longevos e ativos fanzineiros do Brasil, há quase 25 anos nessa trincheira – não por acaso, um de seus fanzines chama-se exatamente “A Trincheira”. E este número 39 chega caprichadíssimo, formato 21 cm x 15 cm com 40 páginas variadíssimas (capa colorida), que resultam num conjunto excelente, de ótima qualidade para o leitor. A começar pela bonita capa de Mozart Couto, seguida de um editorial muitíssimo pertinente, então tenho a boa e grata surpresa de encontrar uma HQ do tresloucado Homem-Caveira, criação do parceiro Zílson Zeck Costa. Zeck mostra mais uma vez que não importa aquela discussão “autor brasileiro deve ou não fazer HQ estilo super-herói?”, mas o que vale mesmo é o talento do roteirista. Esta HQ chamada “Nuvem Passageira” é muito diferente do que é visto nos fanzines próprios do personagem, aquelas aventuras debochadas e irreverentes. Desta feita, Zeck foca sua atenção em Gílson Santos, o jovem adolescente alter-ego do herói, e num momento do dia do rapaz presenciamos evento tremendamente realista, problemas cotidianos enfrentados por tantos milhões de “gílsons” : os tormentos urbanos provocados pelas tempestades e enchentes. O Tchê 39 ainda apresenta outras HQs mais curtas, contando com grandes nomes do Quadrinho brasileiro como Julio Shimamoto, Elmano Silva e Edgar Franco. E é claro, muitos textos, artigos, crônicas tudo versando é claro no universo dos fanzines, dos Quadrinhos, da HQ no cinema, da música (ênfase no rock). O entrevistado desta edição é o ótimo Daniel HDR, talentoso e persistente, parceiro de longa data do Denílson. Enfim, só lendo pra saber mais. tchedenilson@gmail.com