sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A PRESIDENTE ANTI-ROMÂNTICA

Consultando o Dicionário Universal da Língua Portuguesa, encontramos seis significados para a palavra ‘romântico/a’. Para fins desta crônica, vamos tomar os segundo e terceiro significados: poético e idílico. Esqueçamos, portanto, os movimentos artísticos e literários dos séculos XVIII e XIX, e foquemo-nos naqueles que são chamados românticos porque jamais se entediam com a parceira ou com seu parceiro amoroso, mesmo sendo cônjuges consolidados e maduros, longevos. Que gosta de caminhar com a namorada/o de mãos dadas, ou levando o animal de estimação para passear. Românticos são aqueles que adoram assistir comédias românticas em dias chuvosos ou friorentos, abraçadinhos debaixo do cobertor. Agora, puxando a sardinha um pouco para nosso lado, homem romântico é aquele que abre a porta do carro para a companheira, que lhe compra flores, que lhe cede a vez, que fica paquerando a esposa, que a convida para dançar – e, de preferência, que dance bem – e que não perde a chance de admirá-la sob um luar resplandecente, ouvindo Frank Sinatra...


Do romantismo para a sra. Dilma Rouseff, lamentavelmente nossa atual presidente da República. Estamos perto de completar um ano de seu mandato, e, acreditem, ainda não consigo odiá-la. Abomino tudo e principalmente todos a quem ela representa, mas não consigo odiá-la. Não consegui odiá-la nem durante a campanha eleitoral, e olha que fiquei muito bravo, quase raivoso, naquele episódio em que ela apareceu rezando ao lado de um deputado “bunitnho”, tentando limpar a barra diante dos católicos depois de ter declarado um entusiasmado apoio pela legalização do aborto no Brasil. Uma das maiores blasfêmias já vistas! Que ultraje infame para a Igreja Católica, ao menos para os “novos cancioneiros” que apoiaram essa masquarade. Uma defensora do aborto e da promiscuidade homossexual na presidência da Pátria do Evangelho! Seja como for, nem assim consegui odiar a sra. Rouseff. Primeiramente, porque ela me divertia muito nos debates. Uma incrível dificuldade para organizar frases conexas (atitudes que ela vem mantendo coerentemente, neste primeiro ano de mandato), uma verdadeira atarantada. Claro que iria vencer a eleição, pois, como bem lembrou o sr. Ferreira Goulart (em depoimento a José Nêumane Filho no livro O Que Sei De Lula), o mentor da presidente Dilma, o malfeitor-mor Lula da Silva comprara milhões de votos com o bolsa-família e seus beneficiários votariam em quem ele pedisse. A propósito, em crônica passada cheguei a dizer que, no futuro, estes governos petistas iriam ser mais odiados e abominados do que hoje acontece com os governos militares. E este livro acima citado do jornalista Nêumane certamente se tornará um dos maiores instrumentos para que se prevaleça a verdade histórica. O Que Sei De Lula é um depoimento muito sincero sobre a figura do ex-presidente. O autor não se furta de admirar a trajetória pessoal de Lula, as dificuldades que enfrentou na infância e juventude, e o grande gênio da comunicação de massas que se tornou. Mas não perdoa os desmandos, a corrupção administrativa, os discursos virulentos e racistas provocando discórdia entre os brasileiros, o uso da polícia federal como uma kgb atacando somente inimigos políticos, a aproximação simpática com tiranos sanguinários espalhados por todo o mundo – e o evento essencial, que Nêumane não perdoa: o duplo sorriso cínico, de Lula e seu ídolo Fidel Castro, na hora da notícia do falecimento de um prisioneiro político cubano, por inanição. O Que Sei De Lula é desde já um livro indispensável para se tentar entender o que se passa no Brasil. Quem ler vai perceber que vivemos de certa forma num tempo muito mais obscuro do que foram os governos militares. Especialmente professores e professoras que apoiaram a eleição de Dilma Rousseff, devem ler este livro para saber o que Gilberto Gil, ministro da cultura do mentor Lula da Silva, fez contra as nossas crianças. Foi por obra de Gilberto Gil que o funk e sua ideologia desastrosa de niilismo destrutivo e sensualidade desregrada e grosseira, essa ‘coisa’ foi constantemente incentivada e vem destruindo a moral de nossos jovens e crianças. Não é pra menos que o sr. Gil pode ser visto num vídeo do youtube, todo sorridente no palco durante um show de sua filha Preta Gil cantando “vem arregaçar minha bu...”. Queria ver o sr. Gil sorrir se visse o que os professores e professoras tem que passar, depois que os jovens tomaram contato com esse tipo de ‘música’ que ele tanto incentivou, por motivos escusos! Leiam no livro que está tudo por lá, isso e muito mais, coisas ainda piores!


Enfim, aí temos a sra. Rouseff na presidência da República, uma senhora que não tem a menor idéia de como governar o Brasil. Ainda conta com o apoio da maior parte da imprensa, que consegue fazer com que muitos continuem acreditando que nossa presidente seja uma “faxineira” da corrupção, além de ser eficiente “gerentona”. Os ministros os quais foi obrigada a manter e aceitar por ordem de Lula da Silva, aprontaram durante todo o primeiro ano de mandato. Assoberbados com anos de desmando e impunidade sob as benesses do ex-presidente, não aguentaram novas denúncias de corrupção administrativas. Muitos já caíram do poder e outros se seguram de forma patética, mas ainda assim soberbos, como espertos chantagistas. E ainda surge escancaradamente, diante dos olhos de todos, escandalosas falcatruas na organização da Copa do Mundo, e uma submissão lamentável de nossos governos, de todos os níveis, aos gângsters do futebol mundial. E neste quadro, as boas almas iludidas que votaram em Dilma Rousseff encolhem-se diante dessas notícias, até meio envergonhadas. E eu sem conseguir odiar a sra. presidente da República. É certo que também não sinto comiseração, afinal, ela, discípula de José Dirceu, sabia muito bem onde estava se metendo, conhecia muito bem esse monstruoso esquema de corrupção administrativa jamais visto neste país.


Mas sabe que fiquei com pena sim, da dona Dilma, depois de ouvir uma recente notícia pelo rádio? O locutor se referia a esse patético affair do ministro do trabalho Carlos Lupi, flagrado em diversos casos de corrupção e recusando-se a deixar o cargo, proferindo declarações lamentáveis e virulentas, constrangendo até mesmo seus aliados (já ficou mais tempo até do que o ex-todo poderoso ministro Pallocci, o organizador de finos bacanais). Um dos gracejos do infeliz ministro foi dizer “Eu amo a presidenta!”. E a sra. Roussef, coitada (olha eu sentindo pena do tipo!), declarou que “não tinha mais idade para ser romântica”! Que pena, sra. Rouseff, que lástima! Creio que se a senhora fosse romântica, teria até mais tranquilidade na alma para a difícil empreitada de governar o Brasil! E, na posição de líder, a senhora deveria pensar ainda mais cautelosamente em cada palavra que diz, pois há de repercutir nos corações e nas mentes do povo brasileiro. Incentive o romantismo, presidenta! Diga que é romântica e que assim será pelo resto da vida, até quando estiver bem velhinha! Incentive músicas românticas por todo o país, que possam quem sabe tomar lugar do horrendo funk promovido por Gilberto Gil. Sugira sempre que as pessoas leiam livros, revistas, assistam filmes com ênfases românticas. Promova o romantismo, sra. Roussef! Exulte nos quatro cantos do país que vale a pena ser uma pessoa romântica e fiel ao companheiro/a, mesmo que tenha 125 anos de idade! Incentive o romantismo sra, presidente, incentive-o mesmo que o mundo todo pareça chafurdar numa promiscuidade obscena, mesmo que se permita os desvarios e desrespeitos públicos do intolerante orgulho gay que se justifica dizendo que “traz dinheiro pra cidade”, mesmo que as festas se pareçam ainda mais depravadas do que o mais agressivo dos underground comics, mesmo que o país e o mundo se transformem numa imensa mtv, mesmo que atrizes famosas e famosinhas assumam com nariz empinado o aborto que deliberadamente cometeram, insista no romantismo, presidenta! Insista em estimular a cortesia, os atos carinhosos, gentis, fiéis, regrados, equilibrados, amorosos! Tenho certeza, dona Dilma, que agindo desta forma terá muito mais chances de cativar os católicos sinceros, ao menos muito mais do que teria protagonizando outra farsa ridícula como aquela das eleições, ao lado do deputado “bunitnho”. (JS)