De
volta com nossas Histórias Sagradas, com a Graça de Deus, voltando a apresentar
passagens do Novo Testamento adaptadas na forma de Histórias-em-Quadrinhos.
Temos muito a agradecer a Deus por nos manter a saúde e nos prover de recursos
para continuar editando esta revista – e eu particularmente tenho motivos ainda
maiores para agradecer, tendo mais uma chance de nova ‘parceirada’ com José
Menezes, esse grande e longevo artista dos Quadrinhos brasileiros. E nós temos
plena consciência de que não basta publicar essas Histórias Sagradas para
garantir um lugar nos paraísos celestiais, estamos no meio da jornada e cumpre
a nós também, no dia-a-dia, vigiar, orar e perseverar nos ensinamentos do
Cristo, coisa que sabemos não é fácil, amar, compreender, ajudar, perdoar. Se
anteriormente eu disse que o título Romance Em Quadrinhos era um dos mais
debochados pelos inimigos da Júpiter II (e acreditem, meus caros, eles são
muuuuitos...), o que dizer então deste aqui, das Histórias Sagradas? Bem, mas
deixemos esses caras pra lá, afinal de contas, temos os nossos fiéis leitores,
que constantemente nos incentivam a prosseguir na jornada, a despeito do
deboche e da indiferença dos pagãos. Essas Histórias Sagradas, como sempre, são
para vocês. (JS) smeditora@yahoo.com.br
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
sábado, 23 de fevereiro de 2013
O CASTELO DE RECORDAÇÕES, HISTÓRIA DE VERDADE!
No dia 9 de dezembro de
2012 o Brasil perdia um de seus maiores ilustradores de todos os tempos, o
internacional Gutemberg Monteiro. Nascido em 1916, começou ainda jovem
desenhando capas para as publicações do pioneiro Adolfo Aizen, que se tornaria
o grande editor-diretor da Ebal. Ao longo da vida e sua extensa carreira,
Monteiro fez uma infinidade de ilustrações, capas e HQs para jornais, revistas,
pulps e é claro, gibis, muito gibis para as grandes editoras do passado, Ebal,
RGE e O Cruzeiro. Seu talento marcante chamou a atenção dos norte-americanos
que o contrataram, dando chance para o autor espalhar e mostrar o talento
brasileiro aos quatro cantos do mundo, ilustrando personagens ultra-populares
como Gasparzinho, Brasinha, Riquinho, Faísca & Fumaça, Piu-piu &
Frajola, Super-Mouse, Tom & Jerry, entre outros. Pois bem, a despedida de
um artista compatriota como este, com obra tão sublime e tão vasta, mereceria
inúmeras publicações póstumas, não mereceria? Pois não pensam assim nossos
atuais editores e redatores de revistas, sítios internéticos e segundo cadernos
de jornais, que deixaram passar em branco todo o legado de ‘Gut’, preterindo-o
a qualquer mocinho ‘bunitinho’ estilo hippie-chic que tenha ilustrado um desses
enfadonhos, enjoativos, cansativos e nauseabundos personagens Marvel/DC.
Lamentável, profundamente lamentável que isso aconteça, esse desrespeito à
memória da HQ brasileira – e internacional, em se tratando de Gutemberg
Monteiro. Não se viu nem mesmo nota de falecimento nesses sítios virtuais sobre
Quadrinhos, nem mesmo aproveitando a ocasião em que a Pixel vem relançando,
numa feliz jogada editorial, gibis com os personagens da Harvey Comics, os
quais Monteiro ilustrou durante décadas! Eis aí o que podemos chamar de ‘homenagem
subliminar’: ao mesmo tempo em que os paspalhos da editoria dos segundos
cadernos de jornais ignoraram completamente o legado de Gutemberg Monteiro, quem
comprou os gibis da Pixel pode ter se deparado com algumas, ou várias das HQs
ilustradas pelo grande mestre dos Quadrinhos. Mas enfim, se o ‘bunitões’ do
atual mercado editorial brasileiro e seus sítios internéticos não estão nem aí
para a História, sorte nossa ainda podermos contar com os fanzineiros, como o experiente
José Magnago, que desde o comecinho da década de 90 vem editando o fanzine O
Castelo de Recordações, sempre resgatando a História e homenageando
grandes artistas e personagens das HQs, do Brasil e mundo afora. E Magnago
homenageou Gutemberg Monteiro quando este ainda estava VIVO, com algumas ótimas
edições em destaque esta que me veio parar em mãos, lançada em janeiro de 2012
(formato A4, 36 páginas), a segunda dedicada exclusivamente a esse grande
artista que nos deixou. E o destaque neste fanzine são as ilustrações
belíssimas que Gut fez para o suplemento O
Globo Esportivo, desenhando painéis com os grandes craques do futebol
brasileiro na década de 40 do século passado. Originalmente as ilustrações
foram publicadas em cores, e nosso bom Magnago não teria condições para reproduzí-las
coloridas – função esta que caberia a esses republicadores milionários de nosso
pífio mercado editorial, dedicado a autores ingleses enfadonhos, e a esses ‘fru-frus’
que desenham bátima, ómiaranha e outros personagens asquerosos da atualidade. O
consolo é que o tempo, e a História, nos farão justiça: daqui há poucos anos,
os ‘reis da codada preta’ dos dias de hoje não aparecerão sequer em notinhas de
rodapé, diante da imensidão da obra de alguém como Gutemberg Monteiro. José
Magnago não tem e-mail, de modo que só vai conseguir conhecer O Castelo de Recordações quem não for
preguiçoso a ponto de não escrever cartas: rua Jerônimo Monteiro n,117 – Cachoeiro de
Itapemirim/ES – CEP: 29304-637. (JS)
SUPER-HERÓIS DE LEANDRO GONÇALEZ
Nascido na cidade de Ourinhos e radicado em Bauru, o
paulista Leandro Gonçalez, artista plástico e professor de desenho, é também um
profícuo fanzineiro, tendo editado, junto a colegas, fanzines temáticos de
terror e de cangaço. Mas o destaque nesta postagem são os super-heróis criados
por ele, personagens que já ganharam as primeiras edições em fanzines: Orion
(formato ½ A4, capa colorida, 12 páginas p&b) e Guardião (idem, exceto
pelo número de páginas, 16). O primeiro é Rafael Perino, um jovem descolado,
artista de teatro, que recebe a inesperada visita de um ser de outro planeta
que lhe concede poderes místicos – e um alerta: o planeta está para ser
invadido por seres do espaço sideral, e o primeiro deles, Vácuo, ataca logo
nesta primeira edição. Já o Guardião é Ricardo Landi, jovem que, ao ver
assassinada sua namorada, torna-se um vigilante urbano, após experimentos
químicos e treinamentos para aprimorar habilidades físicas. Após esta breve descrição, vocês devem estar se
perguntando: ‘ok, Salles, mas qual a novidade’? A novidade é que os
super-heróis de Gonçalez atuam em suas cidades natais: Orion em Ourinhos, e o
Guardião, em Bauru – seu uniforme tem as cores da bandeira da cidade e o herói pode
contar até mesmo com a cumplicidade do prefeito, que tem as feições do atual
prefeito Rodrigo Agostinho – muito querido entre os bauruenses, haja vista a
expressiva votação que teve no pleito do ano passado, re-elegendo-se com 80%
dos votos, logo no primeiro turno. Já dei uma olhada na HQ que Gonçalez está
produzindo para o segundo número, coisa muito boa vem por aí. leandrogoncalez@gmail.com (JS)
FANZINE SENTIMENTO, EXCELENTE PUBLICAÇÃO DOS IRMÃOS DAMAS
Os fiéis seguidores deste blog devem se lembrar de
todo meu entusiasmo quando me deparei com o fanzine Sentimento, produzido
pelos irmãos Damas, Adams e Alexandre (quem não se lembra pode recordar aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2012/02/um-fanzine-romantico.html).
Pois a meu entusiasmo é redobrado com a nova edição do fanzine que me foi gentilmente
enviada pelo Alexandre – cuja arte muito bonita vocês podem apreciar aí na capa
acima reproduzida. No formato 21 cm x 15 cm, capa cartonada em couchê,
colorida, com 34 páginas em tons de cinza, o fanzine Sentimento apresenta três histórias muito bonitas produzidas pelos
irmãos Damas, escritas por Adams e ilustradas por Alexandre. Começa com ‘Toquei
Um Coração’, um singelo encontro amoroso nas ruas da cidade; segue com ‘Olhos
de Gato’, uma ode à mulher amada e também a uma espécie muito especial: os felinos
(quem convive com algum deles, sabe do que estou falando). E encerra com uma
bonita homenagem ao fotógrafo alemão Horst Faas, que se notabilizou com as
fotos chocantes que consegui durante o conflito no Vietnã – e a intenção dos
autores foi mostrar que é possível acreditar, ter esperança, mesmo nas
situações-limite mais desagradáveis, qual seja, uma guerra. www.grimoria2.blogspot.com – www.damas-3brotherscomics.blogspot.com
(JS)
SÉTIMO FANZINE DO ÁTOMO PELO NOVO SISTEMA
Cooperativa de Histórias-em-Quadrinhos Novo Sistema
lança mais um fanzine do Átomo, personagem criado pelo maranhense Riccelle
Sullivan Suád, que assina o roteiro e os desenhos desta sétima edição (16
páginas p&b no formato ½ A4), apresentando a história ‘Algo Por Lutar’,
mostrando o personagem principal se recuperando da terrível enfermidade que lhe
acometera (uma infecção intergaláctica que pôs em risco a vida em todo o
planeta), graças a ajuda do Senhor Infinito, Átomo começa a refletir nos
caminhos que deve tomar – mas não pode ficar muito tempo divagando por aí, pois
uma nova ameaça o espreita. Lynx_2811@hotmail.com
(JS)
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
MUITAS NOVIDADES NO 119o. NÚMERO DO QI
Um dos fanzines mais antigos do Brasil circulando
com plena vitalidade, chega-nos o 119º. número do QI (Quadrinhos Independentes - 28 páginas p&b no formato 21,5 cm x
17 cm) do editor mineiro Edgard Guimarães, apresentando, como vem sendo praxe
nos números mais recentes, interessantes encartes: neste números, são duas
folhas dos Cotidianos Alterados,
abordando algumas raras criações dos Quadrinhos, como Molly And Her Pals de Cliff Sterret e também Buster Brown – este último ficou bastante conhecido no Brasil como Chiquinho, criação norte-americana
continuada por autores brasileiros da célebre revista O Tico-Tico, e por muitos anos após o autor original Richard Fenton
Outcault ter parado de produzir a série. Há mais encartes nesta edição do QI, em destaque um suplemento de oito
páginas com um extenso artigo assinado pelo próprio editor com reflexões sobre
as Histórias-em-Quadrinhos, começando a falar a respeito do ‘Desenho Inferior
Das Histórias-em-Quadrinhos’ – e especificamente sobre isso o autor comenta
somente na última página, sendo todas as outras dedicadas a uma abordagem
histórica sobre a narrativa visual ilustrada e também sobre a evolução dos
meios de impressão gráfico-editoriais. E ainda um outro encarte, uma ilustração
dupla produzida por Guimarães chamada ‘A Batalha’ – e confesso envergonhadamente
que não entendi nada! (sorry, Ed!)
Já
nas páginas internas do QI, como
sempre, não faltam assuntos e curiosidades a respeito das
Histórias-em-Quadrinhos, destacando-se neste número mais uma vez os Mistérios do Colecionismo, onde Edgard
Guimarães nos fornece uma impressionante lista das publicações nacionais da
editora Nova Sampa e seus nomes correlatos; infelizmente não consta desse
número a coluna Heróis Brasileiros,
mas em Calendário Nacional podemos
saber muito a respeito do trabalho de Renato Silva, o maravilhoso desenhista de
A Garra Cinzenta, clássico da HQ
brasileira; em Tirando O Chapéu
Guimarães comenta um pouco sobre o Rip
Kirby (Nick Holmes, no Brasil) de
Alex Raymond, e as dificuldades de se produzir uma tira diária em Quadrinhos,
sem perder a atenção para a continuidade do roteiro. Já a coluna Mantendo Contato assinada por Worney
Almeida de Souza apresenta mais uma incrível curiosidade, resgatando do limbo o
personagem Pesquinha, que ensinava as
crianças sobre o universo da pesca. Dentre outros assuntos interessantes, como
o depoimento do fanzineiro Gutemberg Cruz e o fórum de leitores, o QI 119 encerra com chave-de-ouro com uma
breve crônica de Edgard Guimarães comentando sobre a tradução norte-americana
de um álbum dos Strunfs, onde temos a
noção do ridículo a que chega a militância politicamente correta (eu sei que Os Duendes Strunfs hoje são mais
conhecidos como Smurfs, mas quem os
conheceu pela Editora Vecchi no final dos anos 70, há de chamá-los de Strunfs pelo resto da vida – mesmo porque,
é muito mais fiel ao nome original criado pelo belga Peyo, Les Schtroumpfs). edgard@ita.br (JS)
domingo, 3 de fevereiro de 2013
ROMANCE EM QUADRINHOS 3 APRESENTA MAIS UMA VEZ A EXUBERANTE ARTE DE ADAUTO SILVA
Saiu pela cooperativa Júpiter II o terceiro número
de Romance
Em Quadrinhos (21 cm x 15 cm, capa colorida e 28 páginas p&b)
apresentando a HQ ‘Dúvidas e Escolhas’, mais uma vez escrita por José Salles e
ilustrada com a exuberante arte de Adauto Silva – um dos maiores talentos da HQ
da atualidade, infelizmente desprezado por outros editores do mainstream editorial brasileiro dos
Quadrinhos (provavelmente pelo fato de estar trabalhando comigo). A propósito,
este título da Júpiter II é um dos mais debochados e ridicularizados pelos
artistas do mesmo ‘mínstrim’, mas dou um rábano pra isso, especialmente diante
da aceitação gratificante que vem recebendo dos nossos leitores, especialmente
das mulheres (embora nenhuma delas ainda tenha querido namorar comigo). Quem me
ensinou a ser romântico foi minha saudosa mãe, que me influenciou
favoravelmente a admirar o bom gosto de filmes antigos românticos como Selva Nua/The Naked Jungle, Tarde Demais Para Esquecer/An Affair To
Remember, Um Lugar Ao Sol/ A Place In
The Sun, Melodia Imortal/ The Eddie
Duchin Story, entre outros. Com o passar dos anos, posteriormente me deixei
levar por caminhos lamentáveis, quando minha fraqueza espiritual permitiu que
eu me influenciasse por perversões abomináveis, como aquelas fartamente
encontradas na execrável cultura do rock e dos quadrinhos údi-grudi.
Felizmente, venho expurgando de meu espírito toda essa nojeira moral, e, ainda
que muito longe de ser uma pessoa santificada, sigo no esforço de abandonar
definitivamente a idolatria do hedonismo e das perversões, e com isso venho
emergindo com um romantismo imbatível, a despeito da contínua depravação do
mundo. Bem, me desculpem esse breve desabafo, esta postagem teve o intuito de
divulgar este novo número do Romance Em
Quadrinhos, e especialmente exaltar a arte de Adauto Silva, um artista que
mereceria muito mais consideração dos editores e coleguinhas brasileiros. E a
história aqui narrada mostra personagens vivendo exatamente esse conflito
semelhante ao que vivi, entre a castidade (no sentido como a entendia Santo
Agostinho) e a devassidão, entre a fidelidade e a promiscuidade. (JS)
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