Ei, estavam com saudade de ver Adauto Silva
ilustrando uma HQ de faroeste? Pois regozijem-se, já está na praça a sétima
edição de O Bom & Velho Faroeste, recém lançada pela cooperativa
Júpiter II, 48 páginas de puro deleite visual com este que é reconhecido como
um dos melhores artistas brasileiros dos Quadrinhos na atualidade. E mais uma
vez tenho a honra e a alegria de rabiscar um roteiro que mestre Adauto
valorizou com seu talento indiscutível. Retomamos nesta edição a saga do
personagem apresentando ainda no segundo número de O Bom & Velho Faroeste (lançado em janeiro de 2011): Jack
James, um ex-criminoso dominado pelo remorso, em busca de si mesmo. (JS)
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
GALERIA DOS SUPER-HERÓIS MOSTRA DIVERSOS PERSONAGENS BRASILEIROS DOS QUADRINHOS
Para aqueles que tem mais de 40 anos e viveram o
tempo em que os gibis dominavam as bancas de revistas, visitar esses locais nos
dias de hoje é uma experiência desoladora. As publicações de
Histórias-em-Quadrinhos ficam relegadas num canto e, com raríssimas exceções,
não servem nem para papel higiênico. De qualquer forma, talvez por hábito,
continuo frequentando as bancas – mais precisamente, na busca por filmes raros
em dvd, produtos dos quais as bancas, hoje em dia, ainda são generosas em
apresentar. Enfim, estava eu olhando as prateleiras da banca da estação
rodoviária de minha cidade, e vi uma publicação que me chamou a atenção: na
capa avistei um personagem que lembrava o Mylar (criado por Eugênio Colonnese),
além do Judoka (de Francisco Anísio e Eduardo Braon) e do Super Heros (de Paulo
Fukue). Estes personagens brasileiros dos Quadrinhos dividiam a capa dessa
publicação com outros três que são ‘clones’ óbvios de personagens da Marvel e DC.
Lançado pela Editora Minuano, trata-se de um caderno de passatempos dedicado ao
público infanto-juvenil, batizado de Galeria dos Super-Heróis (formato 27
cm x 20,5 cm, capa couchê colorida plastificada, com 16 páginas coloridas
também no papel couchê, por R$ 4,90). Não se trata de um álbum de figurinhas no
estilo tradicional, daqueles onde as figurinhas são vendidas em envelopes,
separadamente – aqui, as figuras já vêm impressas, prontas para ser recortadas
e coladas nos locais indicados. Consta ainda página com passatempo e outra para
colorir. E o mais bacana de tudo é que, além daqueles que constam da capa,
vários outros personagens brasileiros das HQs aparecem nas figurinhas: os
clássicos dos anos 60 tais como Raio Negro, Homem-Lua e Hidroman (de Gedeone
Malagola), Golden Guitar (Ricardo Machado), Mystico, Homem-Fera (Rivaldo
Macedo) Fantastic (Osvaldo Talo), Escorpião (Wison Fernandes e Rodolfo Zalla),
O Gato, Superargo, X-Man (Eugênio Colonnese), Visg (Nico Rosso), Pabeyma,
Karatemen (de Paulo Fukue, sendo o Karatemen lançado nos anos 70), Fikom
(Fernando Ikoma), Capitão Estrela (Getúlio Delphin), Capitão 7 (de Ayres Campos,
mostrado aqui como ‘Capitão Z’, provavelmente para evitar constrangimentos com
os herdeiros de Campos, uns chatos que não permitem que sequer se mencione o
nome do personagem, relegando-o ao ostracismo diante das novas gerações).
Aparecem também O Vingador (de Sebastião Seabra), Ultra-Boy, Corujack e Sideral
(de Franco de Rosa), Fantastic Man e Fantasma Negro (de Tony Fernandes), todos
eles desenhados por Arthur Garcia para esta edição – e vários dos personagens
de Garcia, decalques dos personagens Marvel-DC, igualmente aparecem nesta
edição. Conferindo o expediente da revista, descobri que esta publicação foi
concebida pelo estúdio de Franco de Rosa – o que não deveria ser surpreendente,
afinal, goste-se ou não do editor, ele sempre respeitou e trabalhou a favor dos
personagens brasileiros dos Quadrinhos. Para quem não encontrar nas bancas,
segue aí o endereço virtual da Editora Minuano: www.edminuano.com.br (JS)
CHAGAS LIMA APRESENTA A ESTRÉIA DE ICFIRE KIDS!
O super-fanzineiro Chagas Lima não cansa de
surpreender os leitores e fãs de seu trabalho editorial, notadamente com seus
personagens de Histórias-em-Quadrinhos capitaneado pelo IcFire, com mais de 20 anos de estrada e mais de 100 edições
lançadas – contado as edições especiais, muito mais de 100! Recentemente,
Chagas tem lançado suas publicações em cores – é o caso desta 104ª. edição do IcFire, formato 1/2 A4, 20 páginas coloridas
apresentando mais uma novidade: Icfire Kids, a versão
infanto-juvenil do Universo Clima, mostrando o jovem Icfire e seus amigos
Patrícia e Gim, diante da ameaça de uma estrela vermelha que não é nada mais
nada menos do que um jovem Detroide, pronto para se tornar um ferrenho inimigo
do herói. Conheçam mais a respeito em www.icfire.blogspot.com
(JS)
sábado, 14 de setembro de 2013
PRIMEIRA EDIÇÃO DE MONSTROS DOS FANZINES APRESENTA OBRA DE JOACY JAMYS
O maranhense Joacy Jamys (1971-2006) foi um dos mais
ativos fanzineiros da cena alternativa brasileira, a partir da década de 80 do
século passado – e até mesmo um dos precursores dos fanzines virtuais, na
internet. Foi também músico da cena anarco-punk, sendo, desta forma, bastante conhecido
no meio alternativo durante sua curta existência. Desenhista muito versátil e
talentoso, produziu inúmeras HQs e cartuns, em variados estilos, de Moebius a
Robert Crumb. Eu, como fanzineiro retardatário, tive breve contato com ele (através
de algumas cartas) na década de 90 – um contato sempre respeitoso e cordial,
mas que não prosperou porque, já naquela época, esse universo punk e ‘údi-grúdi’
já começava a me causar enfado. Por outro lado, tantos outros fanzineiros da
época mantiveram firme amizade com Jamys e, como não poderia deixar de ser, até
hoje reverenciam seu talento. É o caso do editor gaúcho Marcos Freitas, que
acaba de lançar pelo selo Atomic Books uma edição especialíssima toda dedicada
ao saudoso amigo, cuja obra é tema para o primeiro número da série Monstros
dos Fanzines, uma polpuda edição com 132 páginas p&b em papel off-set (formato 21 cm x 15 cm), e capa colorida em papel couchê (por Félix Reiners),
apresentando centenas de HQs e cartuns de Jamys, além de entrevista, artigo de
Gazy Andrauss, posfácio de Henrique Magalhães, enfim, um tributo completíssimo,
coisa de amigo do peito e admirador sincero – não por acaso temos um emotivo
editorial escrito por Freitas. Um documento imprescindível, que pode ser
apreciado mesmo por aqueles que, como eu, passam longe da ideologia punk, e
saem correndo para algum abrigo nuclear ao ouvir o primeiro acorde de alguma
música dos Ramones ou do Exploited. Pois temos de reconhecer o talento alheio,
mesmo quando suas opiniões e visão de mundo sejam totalmente discrepantes da
nossa. A propósito, lendo essa publicação fiquei indagando com meus botões, o
que será que Jamys estaria pensando hoje em dia, com a cultura brasileira praticamente
dominada pelo ideologia punk – e até mesmo a política, haja vista as marchas da
maconha, das vadias, e da destruição urbana causada por black blocks, mídias
ninjas, capilés e afins? Pergunto isso porque, analisando o trabalho de Jamys,
constatei que ele mesmo observava esse universo com muito espírito crítico, e
seu olhar não deixava escapar o ridículo disso tudo. Um motivo a mais para se
conhecer a obra desse artista. Contato com o editor Marcos Freitas em mfreitas333@yahoo.com.br ou no blog www.fanzinequadritos.blogspot.com.br
(JS)
SAIU A 19a. EDIÇÃO DE BILLY THE KID & OUTRAS HISTÓRIAS
Editor gaúcho Arthur Filho lançando o 19º. número de
Billy
the Kid & Outras Histórias (formato 21 cm x 15 cm, 44 páginas p&b
e capa colorida por Elthz) apresentando HQs com temática de faroeste produzidas
por autores brasileiros. A edição abre com o personagem Big Ranger – Jim Morgan, de Ailton Elias (o autor da Brigada das
Selvas, publicada pela Júpiter II): ao final da guerra civil norte-americana, o
presidente Lincoln precisa apaziguar os ânimos restabelecendo a ordem no velho
oeste, e conta com a ajuda destemida do ranger Jim Morgan. Estreando na
revista, Joás Dias de Lima apresenta duas HQs curtas (‘Plano Frustrado’ e ‘O
Último Tiro’) que resgatam o tom nostálgico dos antigos gibis de faroeste.
Vilachã e o próprio editor também assinam suas HQs. Esta edição anda conta com
artigos sobre os mais conhecidos heróis da Bonelli Editore: de Worney Almeida
de Souza, a respeito de Zagor, e de
Gervásio Santana a respeito do Tex.
Contato com o editor Arthur Filho em arthur.goju@bol.com.br (JS)
domingo, 8 de setembro de 2013
BENJAMIN PEPPE NA ÁREA!!!
Saiu a quarta edição do Benjamin Peppe, o personagem
de Paulo Miguel dos Anjos que é um dos preferidos entre os leitores dos gibis
da Júpiter II, especialmente entre a petizada – por isso jamais subestimem o
Peppe, caros e caras: ele é uma de nossas principais ‘alavancas’, aquele
personagem que acaba incentivando os leitores a conhecerem outros de nossos
títulos. E este número (15 cm x 21 cm, com 28 páginas p&b, capa colorida
produzida pelo ‘pai da criança’, Anjos) está muito especial, com incríveis
colaboradores: Chagas Lima, Adriano Sapão, Paulo Joubert, Marcelo Dolabela,
Laerçon ‘Nomys’ Santos, Dennis Oliveira, Flávia Andrade e até mesmo do grande
mestre da HQ, Julio Shimamoto, o incansável artista e incentivador dos artistas
brasileiros dos Quadrinhos (em especial dos novatos e ascendentes). Ah, sim, na
terceira capa uma ilustração colorida da multi-mídia Gisele ‘Gato Coió’
Henriques – que saudades de você, querida amiga! Lembra quantas vezes eu, como
editor de fanzines, publiquei trabalhos de sua autoria? E é com imensa
satisfação que volto a fazer isso, agora nos gibis da Júpiter II. O Benjamin
merece, certo? (JS)
domingo, 1 de setembro de 2013
EDGARD GUIMARÃES LANÇA 122a. EDIÇÃO DO FANZINE QI
Mais
um número do fanzine QI, a 122ª. edição, repleto de atrações em suas 28 páginas
p&b (e mais duas páginas avulsas dos ‘Cotidianos Alterados’), formato 21 cm
x 16,5 cm, capa apresentando um trabalho antigo do editor Edgard Guimarães. Que
começa com tudo (depois do editorial) na irresistível sessão ‘Mistérios do
Colecionismo’ – mais irresistível ainda para aqueles que, como eu, são
nostálgicos das publicações da Ebal, de Adolfo Aizen. Se no número anterior Guimarães
nos listou a incrível coleção das edições coloridas em formatinho de Edições
Extras da Ebal, o alvo desta feita são as edições especiais publicadas em
outros formatos, quantas lembranças inesquecíveis nesta outra notável catalogação
de publicações, a partir de 1956! Formidável, ainda guardo com carinho algumas
daquelas edições ‘desenterradas’ pelo valoroso editor. Para nossa alegria
também está presente nesta edição do QI a coluna ‘Heróis Brasileiros’, também
assinada pelo editor, desta feita relembrando a obra-prima de Flávio Colin, Vizunga – criada originalmente para
publicações em jornais, mas para mim, jovem leitor de Quadrinhos nos anos 70,
indissociavelmente ligada à revista Eureka,
da Editora Vecchi. Como se não bastasse, Ed Guimarães ainda nos brinda outra
página falando de outro Herói Brasileiro dos Quadrinhos, Fantasma Negro, o vigilante urbano criado por Tony Fernandes que
teve alguma repercussão nas décadas de 80 e 90 do século passado – não teve
tanta repercussão quanto o Fantastic Man
ou o Guerreiro Ninja, mas teve seus
fãs que até hoje, justamente, ainda reverenciam o personagem (podem me incluir
nessa lista também). Worney Almeida de Souza, em sua coluna ‘Mantendo Contato’,
também vai buscar uma curiosidade do fundo do baú: uma revista-catálogo de uma
loja especializada na venda de produtos eróticos, todo ilustrada pelo grande
mestre dos Quadrinhos Eugênio Colonnese. O ‘Depoimento do Editor’ da vez é do
professor Flávio Calazans – ok, o cara é meio (meio?) doidão, mas que tem obra
de muitíssimo respeito, certo? Presentes também nesta edição do QI as habituais
divulgações de edições independentes e o fórum dos leitores – olha só, tem até
mesmo ilustração do Chagas Lima mostrando o IcFire com o Benjamin Peppe, este
ainda dando um toque sobre o Blenq, personagem de Rod Gonzalez, também publicado
pela Júpiter II. E, como já citado, de brinde duas folhas avulsas com os ‘Cotidianos
Alterados’: num lado da folha HQs de Ed Guimarães, e no verso o editor
comentando sobre algumas obras-primas das Histórias-em-Quadrinhos, desta feita
o enfoque no clássico Little Nemo, de
Winsor McCay, e naquela entre nós ainda desconhecida And Her Name Was Maudi!, de Frederick Burr Opper – e Ed não se
limita a comentar a penas sobre a tira citada, mas de toda obra de Opper. Contato
com o editor Edgard Guimarães em edgard@ita.br
(JS).
LANÇAMENTOS DA EDITORA INDEPENDENTE ATOMIC BOOKS
Os fãs da obra do
cineasta Pier Paolo Passolini não devem deixar de conhecer o primeiro volume da
coleção Nomes, lançado pela Atomic
Books, selo independente do editor gaúcho Marcos Freitas. Uma edição
graficamente caprichadíssima, 50 páginas em tons de cinza no generoso formato 21
cm x 28,5 cm em robusto papel cartolina, totalmente dedicada à vida e obra do controverso
cineasta italiano. Uma série muitíssimo bem selecionada de entrevistas,
artigos, crônicas, poesias, filmografia (análise mais detalhada do terrível Saló – 120 Dias de Sodoma). Além de ser
o editor, Freitas participa como roteirista de uma HQ ilustrada pelo mineiro
Luciano Irrthum.
Freitas
também avisa que está relançado o fanzine Quadritos – bastante conhecido nos
anos 90, retorna agora após alguns anos de silêncio, em sua 10ª. edição (21 cm
x 15 cm, 40 páginas p&b, capa em couchê – arte de Mozart Couto) apresentando
HQs de grandes nomes dos Quadrinhos Brasileiro: Flávio Colin, Laudo Ferreira
Jr., Gazy Andrauss e Flávio Calazans, entre outros. Entrem em contato: www.fanzinequadritos.blogspot.com.br
– fanzinequadritos@gmail.com – mfreitas333@yahoo.com.br (JS).
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