quarta-feira, 25 de junho de 2014

OITAVO NÚMERO DE O BOM & VELHO FAROESTE APRESENTA PERSONAGENS DE GEDEONE MALAGOLA

                Sendo o faroeste o gênero mais popular nas décadas passadas (especialmente na primeira metade do século passado), fosse na literatura ou no cinema, os editores de Histórias-em-Quadrinhos rapidamente descobriram o filão, transformando-o igualmente num dos mais rentáveis dos comics (notadamente nos anos posteriores a Segunda Guerra Mundial, com a saturação dos super-heróis dos gibis). A Editora Júpiter original (editora paulistana fundada por Auro Teixeira e Gedeone Malagola) não poderia ficar para trás e também lançou nas bancas o seu título no estilo, chamado Aventuras No Far-West, apresentando HQs estrangeiras do sindicato A.P.L.A. e mostrando diversos e curiosos personagens criados por Gedeone Malagola no início de sua carreira de artista dos Quadrinhos. Nesta oitava edição de O Bom & Velho Faroeste reapresentaremos dois personagens criados por Gedeone Malagola para a Editora Júpiter, esta que foi um digno ‘laboratório’ para aquele que se tornaria um dos mais criativos e profícuos artistas brasileiros dos Quadrinhos. E não só os machões atiravam bem nos Quadrinhos, muitas heroínas de faroeste marcaram História, e Gedeone Malagola também criou a sua cow-girl que se tornou estrela dos gibis da Editora Júpiter: Jane West. Como de praxe naquela época, as exigências editoriais do período levavam os criadores a copiarem o quanto possível os personagens dos comics norte-americanos, que eram os mais rentáveis nas bancas. Jane West é baseada, por exemplo, em personagem norte-americana como Cabelos-de-Fogo (ou Amazona dos Cabelos-de-Fogo, ou Jane Ruiva, nomes brasileiros da personagem Firehair). Jane West, digna precursora da Katy Apache, estrela dos gibis da Grafipar nos anos 1980, não é tão sensual quanto a heroína de Cláudio Seto e Mozart Couto, mas também não deixa de ter sua dose de sensualidade. Na aventura republicada nesta edição de O Bom & Velho Faroeste (originalmente publicada em Aventuras No Far-West n.4 da Editora Júpiter, de abril de 1953), Jane West enfrenta um traficante de armas, com narrativa digna dos antigos seriados de cinema, que Gedeone amava desde criança. Outro personagem de Gedeone Malagola criado para Aventuras No Far-West foi Sierra Lane, “clone” do Durango Kid, o famoso herói consagrado no cinema na pele do ator Charles Starret, e nos Quadrinhos sua pena mais famosa foi a de Fred Guardineer. A exemplo do personagem nascido nos EUA, Sierra Lane também cavalga através das pradarias para manter a ordem no velho oeste. Apesar da semelhança física com o Durango Kid, a atuação de Sierra Lane é mais parecida com a do Zorro/The Lone Ranger, já que parece não ter identidade secreta, e só é visto mascarado, cobrindo o rosto com o famoso lenço-capuz. Na aventura reproduzida em O Bom & Velhor Faroeste n.8 ( e também publicada originalmente no quarto número de Aventuras No Far-West), Sierra Lane ajuda as autoridades a conseguir provas judiciais que possam de fato mandar para a cadeia um criminoso que o próprio Sierra havia capturado, com sua destemida coragem e destreza no colt. E, desta feita, além dos atributos conhecidos, Sierra usará de seus dotes dramáticos, disfarçando-se de velhinha (!!!) para ludibriar o bandido. O melhor de tudo é uma empolgante perseguição ao facínora, que começa a cavalo nas pradarias e termina sob os tetos dos vagões de uma locomotiva em movimento. Gedeone Malagola criou personagens de vários estilos em sua passagem pela Editora Júpiter - os personagens de ficção-científica, notadamente aqueles da Patrulha do Espaço, os fiéis leitores dos gibis da Júpiter II já puderam conhecer acompanhando nossa coleção do Raio Negro; também o cangaceiro Mílton Ribeiro, também criado naquela ocasião,  já publicamos em Aventuras no Cangaço. Agora, é com muita alegria que nesta oportunidade apresentamos dois de seus personagens de faroeste criados na primeira metade da década de 50 do século passado. De quebra, nesta edição, José Salles comenta sobre o filme Trindade Violenta, com Charlton Heston e Anne Baxter. (JS)


segunda-feira, 16 de junho de 2014

JÚPITER 2 LANÇA A 17a. EDIÇÃO DE RAIO NEGRO SUPER-HERÓI

Saiu finalmente o 17º. número de Raio Negro Super-Herói, o clássico personagem brasileiro das Histórias-em-Quadrinhos criado por Gedeone Malagola na segunda metade da década de 60 do século passado e publicado então com muito sucesso pela Gráfica e Editora Penteado (GEP) de Miguel Penteado. Esta 17ª. edição da Júpiter II apresenta capa produzida por Wellinton ‘Vulto’ Santos e é um pouquinho mais polpuda do que as anteriores (32 páginas), apresentando três HQs nostálgicas produzidas pelo saudoso Gedeone Malagola: duas histórias do Raio Negro – que foram extraídas diretamente do Almanaque do Raio Negro publicado por volta de 1969, uma edição reunindo encalhes das edições da GEP (infelizmente não consegui confirmar os números originais do Raio Negro onde foram publicadas). E completando este número mais uma HQ da Patrulha do Espaço, mais especificamente com um de seus integrantes, o intrépido Steve Kirby, publicada originalmente na revista Capitão Wings, lançada pelo Editora Júpiter de Auro Teixeira em fevereiro de 1953 – e como bem se lembram nossos atentos leitores, já publicamos, na edição anterior do Raio Negro, uma aventura da Patrulha do Espaço extraída daquela mesma edição. (JS)

domingo, 1 de junho de 2014

OITAVO NÚMERO DE HISTÓRIAS SAGRADAS APRESENTA PASSAGENS DOS ATOS DOS APÓSTOLOS ADAPTADAS PARA AS HISTÓRIAS-EM-QUADRINHOS

                Neste oitavo número de Histórias Sagradas apresentamos a nossos fiéis leitores algumas conhecidas passagens dos Atos dos Apóstolos adaptadas para as Histórias-em-Quadrinhos. Os Atos dos Apóstolos foram escritos por São Lucas por volta do ano 70 da era cristã – Lucas que não conheceu ou conviveu pessoalmente com Jesus, mas chegou a conhecer a Santa Mãe Maria e os principais apóstolos, tendo sido amigo e companheiro de São Paulo. Os Atos dos Apóstolos narram a criação das primeiras comunidades cristãs, sua expansão, as primeiras perseguições e os primeiros mártires – foi durante este período que se criou o termo ‘cristãos’ para designar os seguidores de Jesus Cristo, que até então eram conhecidos como os seguidores do Caminho. Está expresso no versículo 8 do primeiro capítulo, quando os apóstolos recebem orientações do próprio Jesus ressuscitado, pouco antes de sua ascensão aos céus:  recebereis uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, e até os confins da terra. Era o Mestre anunciando o Pentecostes. Na Bíblia de Jerusalém (fonte que guia as adaptações em Quadrinhos das nossas Histórias Sagradas) lemos na introdução aos Atos dos Apóstolos: O valor histórico dos Atos dos Apóstolos não é igual. De uma parte, as fontes de que Lucas dispunha não eram homogêneas; de outra, para manejar suas fontes, Lucas gozava de uma liberdade muito grande seguindo o espírito da historiografia antiga, subordinando seus dados históricos a seu desígnio literário e sobretudo a seus interesses teológicos. A despeito de reconhecer essas ‘fragilidades’, conclui o autor da introdução aos Atos na Bíblia de Jerusalém, constatando que estes representam um tesouro cuja ausência teria empobrecido singularmente nosso conhecimento das origens cristãs. O dizer do historiador Ernest Renan define com clareza a importância dessa parte do Evangelho: Os Atos dos Apóstolos, em que se exprime este despertar inicial da consciência cristã é um livro de felicidade. Diante disso, pedimos desde já a compreensão dos leitores com nossas humildes adaptações em Quadrinhos nas páginas seguintes, um mísero esforço de nossa parte para, quem sabe, permita Deus que possa incentivar a uma busca por maior conhecimento dos textos sagrados. Cabe ainda uma explicação por parte deste editor: nasci e fui criado num lar católico, fato que me deixa muito feliz, grato e honrado. Foi graças a minha avó materna, católica fervorosa, que conheci os desígnios de Deus – e mesmo que tenha me perdido durante anos, chafurdando por caminhos ignominiosos, quando o cansaço me alcançou foi a doce memória de minha avó que me reconduziu aos braços de Deus. Entretanto, estas Histórias Sagradas em Quadrinhos não são lidas somente por católicos, prova disso são os elogios que já recebi de leitores protestantes e espíritas. E quem nos acompanha desde o primeiro número, há de constatar nossa intenção ecumênica, mesmo na quinta edição quando homenageamos um vulto do catolicismo, Santo Afonso de Ligório. Por isso, no intuito de enriquecer as adaptações, e visando sobretudo o respeito aos leitores, fui buscar em livros escritos por autores de outros segmentos cristãos uma forma de preencher algumas lacunas dos Atos: Paulo – O 13º. Apóstolo de Ernest Renan; Paulo de Tarso – O Maior Bandeirante do Evangelho de Huberto Rohden; Paulo e Estêvão de Emmanuel e Francisco Cândido Xavier, As Marcas do Cristo de Hermínio Miranda, além do romance histórico O Grande Amigo de Deus, de Taylor Caldwell – o livro sobre a vida e obra de São Paulo, cujo título mais adequado é mesmo o original, The Great Lion of God, O Grande Leão de Deus. (JS)