domingo, 1 de junho de 2014

OITAVO NÚMERO DE HISTÓRIAS SAGRADAS APRESENTA PASSAGENS DOS ATOS DOS APÓSTOLOS ADAPTADAS PARA AS HISTÓRIAS-EM-QUADRINHOS

                Neste oitavo número de Histórias Sagradas apresentamos a nossos fiéis leitores algumas conhecidas passagens dos Atos dos Apóstolos adaptadas para as Histórias-em-Quadrinhos. Os Atos dos Apóstolos foram escritos por São Lucas por volta do ano 70 da era cristã – Lucas que não conheceu ou conviveu pessoalmente com Jesus, mas chegou a conhecer a Santa Mãe Maria e os principais apóstolos, tendo sido amigo e companheiro de São Paulo. Os Atos dos Apóstolos narram a criação das primeiras comunidades cristãs, sua expansão, as primeiras perseguições e os primeiros mártires – foi durante este período que se criou o termo ‘cristãos’ para designar os seguidores de Jesus Cristo, que até então eram conhecidos como os seguidores do Caminho. Está expresso no versículo 8 do primeiro capítulo, quando os apóstolos recebem orientações do próprio Jesus ressuscitado, pouco antes de sua ascensão aos céus:  recebereis uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, e até os confins da terra. Era o Mestre anunciando o Pentecostes. Na Bíblia de Jerusalém (fonte que guia as adaptações em Quadrinhos das nossas Histórias Sagradas) lemos na introdução aos Atos dos Apóstolos: O valor histórico dos Atos dos Apóstolos não é igual. De uma parte, as fontes de que Lucas dispunha não eram homogêneas; de outra, para manejar suas fontes, Lucas gozava de uma liberdade muito grande seguindo o espírito da historiografia antiga, subordinando seus dados históricos a seu desígnio literário e sobretudo a seus interesses teológicos. A despeito de reconhecer essas ‘fragilidades’, conclui o autor da introdução aos Atos na Bíblia de Jerusalém, constatando que estes representam um tesouro cuja ausência teria empobrecido singularmente nosso conhecimento das origens cristãs. O dizer do historiador Ernest Renan define com clareza a importância dessa parte do Evangelho: Os Atos dos Apóstolos, em que se exprime este despertar inicial da consciência cristã é um livro de felicidade. Diante disso, pedimos desde já a compreensão dos leitores com nossas humildes adaptações em Quadrinhos nas páginas seguintes, um mísero esforço de nossa parte para, quem sabe, permita Deus que possa incentivar a uma busca por maior conhecimento dos textos sagrados. Cabe ainda uma explicação por parte deste editor: nasci e fui criado num lar católico, fato que me deixa muito feliz, grato e honrado. Foi graças a minha avó materna, católica fervorosa, que conheci os desígnios de Deus – e mesmo que tenha me perdido durante anos, chafurdando por caminhos ignominiosos, quando o cansaço me alcançou foi a doce memória de minha avó que me reconduziu aos braços de Deus. Entretanto, estas Histórias Sagradas em Quadrinhos não são lidas somente por católicos, prova disso são os elogios que já recebi de leitores protestantes e espíritas. E quem nos acompanha desde o primeiro número, há de constatar nossa intenção ecumênica, mesmo na quinta edição quando homenageamos um vulto do catolicismo, Santo Afonso de Ligório. Por isso, no intuito de enriquecer as adaptações, e visando sobretudo o respeito aos leitores, fui buscar em livros escritos por autores de outros segmentos cristãos uma forma de preencher algumas lacunas dos Atos: Paulo – O 13º. Apóstolo de Ernest Renan; Paulo de Tarso – O Maior Bandeirante do Evangelho de Huberto Rohden; Paulo e Estêvão de Emmanuel e Francisco Cândido Xavier, As Marcas do Cristo de Hermínio Miranda, além do romance histórico O Grande Amigo de Deus, de Taylor Caldwell – o livro sobre a vida e obra de São Paulo, cujo título mais adequado é mesmo o original, The Great Lion of God, O Grande Leão de Deus. (JS)