segunda-feira, 18 de agosto de 2014

SOBRE AS PARCERIAS, OU MELHOR DIZENDO, AS 'PARCERADAS'

                                                            José Menezes e José Salles

Devo sim agradecer e muito ao Bom Deus por ter me colocado nesta vida como editor de uma cooperativa de produção de Histórias-em-Quadrinhos, de certa forma liderando um inestimável grupo de artistas, e entre tantos agradecimentos que devo ao Criador foi o de ter conhecido pessoalmente, e ainda desfrutado da amizade, de alguns grandes mestres dos gibis no Brasil. Primeiramente foi com Julio Shimamoto, a quem conheci nos meus tempos de fanzine, por carta (uma correspondência que continua, por meio da internet), e dois breves encontros pessoais em eventos, dos quais me lembro com muita alegria e carinho. Permitiu o Nosso Senhor que a generosidade de Julio Shimamoto fizesse parte de minha vida, e assim viemos a reeditar O Gaúcho, as tiras de jornais que ele fez na Folhinha de São Paulo nos anos 60, e permitiu que eu reeditasse sem cobrar um tostão. Mesma coisa a respeito de outro personagem de sua autoria, o Meia Lua Rei da Capoeira, que também teve sua edição especial lançada pela Júpiter II. O segundo grande mestre dos Quadrinhos que conheci foi Gedeone Malagola, e com este tive a oportunidade de convívio muito próximo num momento difícil de sua vida, confinado numa cama, por motivo de acidente. Acabou se tornando o patrono da Júpiter II, participando diretamente das sete primeiras edições do Raio Negro, e tendo vários de seus personagens republicados por nós, até o presente momento. O terceiro mestre desta pequena lista: José Menezes, que conheci através do amigo e colega fanzineiro José Magnago de Cachoeiro de Itapemirim/ES (terra natal do rei Roberto Carlos), e surgiu daí uma entusiasmada ‘parcerada’ quadrinhística que rendeu muitos frutos na Júpiter II – destaque para as Histórias Sagradas. Pois bem, se o nosso patrono Gedeone Malagola já partiu deste mundo, Deus ainda preserva entre nós, ainda com vigor e saúde, Julio Shimamoto e José Menezes. Como eu já havia estado pessoalmente com Julio Shimamoto, mas não com José Menezes, fui então fazer uma visita ao mestre & parceiro Menezes na cidade de Petrópolis/RJ. Meus leitores e minhas leitoras, não pensem que é uma tarefa fácil para mim, viajar. Não gosto de viajar de jeito nenhum, de carro, de ônibus, de avião, nem nada. Por isso, fiquei ‘enrolando’ o quanto pude a visita ao amigo Menezes. Só de imaginar a distância entre Jaú, no centro do estado de São Paulo, até a cidade imperial no estado do Rio de Janeiro, era acometido de uma forma indescritível de preguiça. Mas, eis que finalmente neste mês de agosto do ano da Graça de 2014, consegui driblar o comodismo, embarcar para o Rio de Janeiro e dali seguir até Petrópolis, cidade que encanta a partir do trajeto, da estrada que corta as montanhas da região serrana, desvendando aos que por lá passam a contemplação de uma das maravilhas da vida. Na cidade dos espaços históricos, a cidade preferida de Dom Pedro II (o maior estadista da nossa História), visitando uma cidade brasileira que parece ter dado certo, passo algumas horas agradabilíssimas na presença ainda mais agradável de José Menezes, na sua encantadora residência em Petrópolis. Foram algumas poucas horas regadas a conversas e muitas risadas a respeito de gibis e filmes, de beber água da bica e ainda conhecer alguns de seus familiares, a filha Ana Lu e a netinha Ana Clara (sobrinha da Ana Lu). Mas que bacana que foi encontrar pessoalmente o Menezes, com quem já conversara diversas vezes por telefone, e talvez por isso mesmo nos sentimos como se já nos conhecêssemos há mais tempo – e de fato nos conhecíamos, mas não pessoalmente, lacuna que foi preenchida no final de semana passado. Se Deus nos chamasse hoje, já iríamos com um débito a menos! Que bom! E que me desculpe o mestre & amigo Shima, pois ainda estou lhe devendo uma visita pessoal aí no Rio de Janeiro – eu sei, Petrópolis é pertinho daí, mas um compromisso em Jaú antecipou minha volta, e só foi possível fazer uma única visita. E quando eu estiver em Jacarepaguá para visitá-lo pessoalmente, vou aproveitar para dar um abraço no seu vizinho, que também é colaborador da Júpiter II e um bamba nos Quadrinhos, Adauto Silva. (JS)

JÚPITER 2 LANÇA EDIÇÃO ESPECIAL COM O CRÂNIO, UM DOS MAIS CONHECIDOS HERÓIS BRAZUCAS!

Vejam só que surpresa danada de boa a Júpiter II preparou para seus queridos e fiéis leitores: uma edição especial do Crânio, conhecido personagem dos fanzines e da internet, um dos mais queridos super-heróis brazucas na preferência do público. De autoria do potiguar Francinildo Sena, que há 30 anos escreve histórias com o personagem, e nos deu a honra e a alegria de ter permitido que o Crânio desfilasse num gibi lançado pela Júpiter II, nestas 24 páginas estaremos vendo o Crânio ‘da gema’, nas HQs extraídas do antológico fanzine Heróis Brazucas e também do fanzine do Crânio (ambos editados por Sena). A capa ficou por conta do grande artista Adauto Silva, e as histórias apresentam desenhos de Marcelo Salaza, Alcíone e do saudoso Marc Novoselic. Como curiosidade, para quem não sabe, Francinildo Sena vive na cidade de Pau dos Ferros/RN, a mesma de outro colaborador da Júpiter II, Alcivan Gameleira, autor e roteirista do Corcel Negro, que já está na sétima edição – que, a propósito, já havia mostrado o Crânio nas páginas da Júpiter II, participando de uma aventura junto com o Corcel Negro e o Raio Negro. Afinal, se a Júpiter II é mesmo ‘A Casa dos Super-Heróis Brasileiros’, o Crânio não poderia ficar de fora! (JS) PS: conheçam mais do trabalho de Francinildo Sena em www.francinildosena.blospot.com.br