terça-feira, 11 de agosto de 2015

DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO DE O BOM & VELHO FAROESTE É O 'CANTO DE CISNE' DA JÚPITER 2

A décima primeira edição de O Bom Velho Faroeste mais uma vez apresenta aventuras inéditas de dois dos mais brasileiros dos personagens do faroeste: Flecha Ligeira e Cavaleiro Negro (anteriormente eles já apareceram aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2011/06/heroi-do-velho-oeste-e-atracao-do.html, aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2013/03/flecha-ligeira-retorna-em-aventura.html e aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2014/09/o-bom-velho-faroeste-apresenta-os-mais.html). Cada um com duas HQs distribuídas nas 32 páginas desta edição que é o derradeiro lançamento da cooperativa Júpiter 2 – e fico imensamente feliz que estejam aqui presentes tanto Adauto Silva (o autor da capa, relembrando o traço do grande capista da Rio Gráfica e Editora/RGE, Walmir Amaral de Oliveira – que foi, a propósito, colega de Adauto Silva na RGE nos anos 70, quando Adauto usava uma cabeleira de fazer inveja aos Rolling Stones!), quanto José Menezes, co-autor e ilustrador de todas as histórias, ele que só desenhou menos HQs do Flecha Ligeira do que o próprio Fred Meagher! Dois artistas que brilharam na inesquecível RGE, que encheu de gibis os deslumbrados jovens leitores de várias gerações – a minha incluída, só não podia prever naquela época que um dia eu viria a ser parceiro de trabalho desses dois grandes artistas dos Quadrinhos brasileiros. Os autores das histórias presentes nesta edição, sabedores da dificuldade de ser original diante de tudo que já foi produzido com estes personagens, limitaram-se a manter o que poderíamos chamar de ‘espírito’ da época em que as histórias do Cavaleiro Negro e do Flecha Ligeira eram lidas mensalmente, por centenas de milhares de leitores – brasileiros, principalmente. Quando as Histórias-em-Quadrinhos ainda não haviam sido contaminadas com a malícia da cultura underground, e posteriormente pelas perversões de Alan Moore, Neil Gaiman e cia., que acabaram por gerar uma atual geração de roteiristas abomináveis, que trataram de ferir de morte as HQs, despopularizando-as, elitizando-as de forma pedante e idolátrica, como acontece hoje com os decadentes super-heróis norte-americanos dos Quadrinhos. A Júpiter 2 foi uma tentativa de combater tudo isso, todo esse lixo moral em que se transformaram as Histórias-em-Quadrinhos. Foram ótimos esses dez anos de existência do selo smeditora, depois chamado Júpiter 2. Valeu a pena mesmo, ótimas parcerias resultando em quase duas centenas de gibis, e, pelo que já foi vendido e distribuído até hoje, cerca de 70 mil edições circulando por aí. Quem criticou ferozmente desde o começo, que faça melhor. Chegamos a incomodar, sendo objeto de escárnio de alguns ‘grandões’ da mídia como o HQ Mix e a revista Mundo dos Super-Heróis – que deveria de uma vez por todas mudar o nome para Mundos dos Super-Heróis Marvel e DC! Que ridículo ver gente com mais de 40 anos bajulando filmes ruins como esses que vem sendo feitos dos asquerosos super-heróis norte-americanos dos Quadrinhos!
Bem, mas estes assuntos já não me interessam mais. Me despeço avisando que não estarei mais atualizando o blog nem nada, se o blogger tirar do ar, tirou. Mas ainda tenho disponível a maioria dos títulos publicados ao longo dos dez anos de atividades editoriais, e vou continuar atendendo pedidos de interessados através do email smeditora@yahoo.com.br


E por enquanto é só, pessoal... (JS)