domingo, 7 de junho de 2015

QUINTO NÚMERO DE TIRAS vs MONSTROS PRESTA HOMENAGEM AOS FILMES 'B'

              Júpiter 2 lançando o quinto número de Tiras vs Monstros, formato 21 cm x 15 cm, capa colorida em papel couchê (arte de Antoniêto Pereira) com 28 páginas em p&b apresentando a HQ ‘Ameaças Gigantescas’. Já disse anteriormente que este gibi Tiras vs Monstros é uma extensão dos fanzines, ou seja, foi concebido através de dois fanzineiros: este que vos escreve, encarregado de rabiscar os roteiros, e o ilustrador Antoniêto Pereira. De minha parte, busquei inspiração em outras Histórias-em-Quadrinhos, mas principalmente nos filmes B. Esta edição, em especial, mais do que nunca é inspirada nesse estilo de se fazer cinema. São vários os estilos de filmes B e dentre os mais conhecidos estão os chamados drive in movies, produzidos nos EUA durante a década de 50. Os drive ins, cinemas ao ar livre onde os espectadores podiam entrar com seus automóveis e daí mesmo assistir confortavelmente aos filmes, eram frequentados majoritariamente por jovens e muito jovens, que acabaram por criar um novo nicho mercadológico de filmes, à margem das grandiosas produções hollywoodianas. Produtores arrojados, diante de orçamentos restritos ou restritíssimos, foram encarregados de suprir aquela nova forma de entretenimento que surgia. As fontes de inspiração vieram da ficção-científica, plena de monstros, mutantes, invasores do espaço, e daí resultaram filmes que na época pouco chamavam a atenção do público – incluindo grande parte do público que frequentava os drive ins, jovens mais interessados em paqueras ou em comer hambúrgueres e cachorros-quentes nas lanchonetes locais, do que propriamente em assistir aos filmes. O tempo fez justiça àquelas produções feitas com pouco dinheiro e muita criatividade, e hoje em dia muitos daqueles filmes exibidos nos telões dos drive ins acabaram se tornando objeto de culto, e ganharam até mesmo uma nova denominação: filmes trash (‘lixo’) – outra grande injustiça, haja vista que algumas daquelas produções eram muito mais divertidas do que determinadas super-produções dos grandes estúdios de Hollywood.
  Os já iniciados perceberão facilmente quais os filmes que são referência nesta edição de Tiras vs Monstros: primeiramente trata-se de O Ataque da Mulher de 15 Metros/Attack Of The 15th Foot Woman, lançado em 1958, com direção de Nathan Juran (nos créditos, com o pseudônimo Nathan Hertz). No filme, uma socialite entediada e corneada pelo marido, durante um solitário passeio de automóvel acaba sendo surpreendida por uma nave interplanetária e seu misterioso viajante espacial, que acaba raptando-a por breves momentos. De volta a sua casa, a mulher começa a sentir-se estranha e, sem que perceba, sofre mutação que aumenta o tamanho de seu corpo até 15 metros de altura – e assim ela vai tirar satisfação do marido infiel. Um dos mais cultuados filmes B de nossos dias, graças especialmente aos (d)efeitos especiais, abuso de retro-projeção, e o maior charme: a incrível e gigantesca mão de borracha que aparece em cena destruindo um bar. O filme teve nos anos 90 uma refilmagem lamentável, a despeito de se tratar de uma produção milionária.

Outro filme de referência é O Monstro Atômico/The Amazing Colossal Man, de 1957, dirigido por Bert I. Gordon, ou ‘Mr. BIG’ para os fãs, um dos mais criativos produtores de filmes B. Foi dele também a continuação desse filme e que inspira mais diretamente a segunda parte da HQ desta revista: War Of The Colossal Beast, lançado no ano seguinte. Em O Monstro Atômico, um cientista é atingido pela radiação de uma bomba de plutônio que lhe provoca mutações: seu corpo cresce na proporção em que sua mente enlouquece, aterrorizando a cidade de Las Vegas. Vendo este filme, a gente fica com uma forte suspeita de que o roteirista de HQ Stan Lee deve não só ter assistido mas gostado muito dele, e lembrou-se disso ao escrever o seu Incrível Hulk, especialmente na seqüência decisiva em que os raios de plutônio atingem em cheio o cientista. Em War Of The Colossal Beast, quando todos davam o Monstro Atômico como morto, eis que ele retorna, com o rosto deformado e ainda mais irracional e violento. Tão marcantes foram estes filmes, não só para Stan Lee mas para tantos outros fãs espalhados pelo mundo, que mesmo aqui no Brasil os dois filmes foram recentemente lançados em dvd pela Cult Classics, cópias de boa qualidade – se quando exibido nos cinemas brasileiros o filme The Amazing Colossal Man ganhou o título de O Monstro Atômico, agora neste lançamento da Cult Classics o nome do título foi simplesmente traduzido para o português, O Incrível Homem Colossal; já a seqüência (que, creio eu, seja inédita nos cinemas daqui), ganhou o título de A Volta do Homem Colossal. A lamentar no lançamento da Cult Classics, somente as legendas, dessincronizadas com os diálogos dos personagens. (JS)

CORONEL TELHADA EM QUADRINHOS

O sr. Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, aposentando como Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, após anos de bons serviços prestados à população decidiu por candidatar-se à uma das vagas da Câmara Municipal da capital paulista, concorrendo com o nome com que ficou conhecido na corporação militar policial, Coronel Telhada. E a expressiva votação que o levou a ocupar uma das cadeiras legislativas da vereança paulistana mostrou como a maioria do povo da cidade de São Paulo corrobora com os valores morais defendidos pelo Coronel. Assim como qualquer outro legislador que não reze pela cartilha comunista, Telhada não tem o menor espaço na maioria dos meios de comunicação de massa, quase nunca é entrevistado em programas de rádio ou televisão que atingem o grande público. Além da tribuna e do púlpito na Câmara Municipal paulistana, o Coronel Telhada usa a internet para divulgar suas idéias, e mais recentemente, vem fazendo isso através de um outro meio de comunicação: as Histórias-em-Quadrinhos. Eu já havia lido na internet, há alguns meses, breve notícia sobre esta publicação denominada exatamente Coronel Telhada em Quadrinhos, mas não havia encontrado a revista de estréia em lugar nenhum, nem nas bancas de Jaú, nem nas bancas de Bauru, nem de São José do Rio Preto, nem nas bancas que pude visitar na cidade de São Paulo. Mas eis que, para minha grata surpresa, caminhando pelas ruas da capital paulista eis que encontro, numa banca de revistas próxima à estação Consolação do metrô, o segundo número de Coronel Telhada em Quadrinhos, a capa já impressionando ao mostrar um soldado da Polícia Militar de São Paulo segurando uma bandeira do Brasil encharcada de sangue, e a legenda nos indica que se trata da ‘Morte de Um Herói’. Esta segunda edição possui tamanho 20,5 cm x 14 cm, com generosas 52 páginas em papel couchê colorido apresentando duas HQs produzidas pelo Atreyu Studio – feitas para agradar o público leitor dos dias de hoje, usando dos únicos estilos aceitos atualmente, o da Marvel e o dos mangás – além de reproduções e comentários sobre antigas reportagens de jornais. No editorial, o Coronel Telhada diz com todas as letras a intenção da revista:

Incomodamos aqueles que desejam acabar com nossa Polícia Militar, pois mostramos o quanto a PM ajuda a população, salva vidas e defende a integridade das pessoas. E nossa missão é realmente esta, divulgar o bom trabalho de nossa tropa.

                A primeira HQ, intitulada ‘Risco Mortal’, mostra um dos tantos embates do Coronel Telhada contra a bandidagem, no caso, trocando tiros com um assaltante, onde este levou a pior, alvejado por um balaço fatal disparado pelo Coronel. O mais importante, porém, foi constatar que, ao contrário do que pensa a maioria, o bom policial militar, especialmente aquele que é temente à Deus, odeia ter que tirar a vida de outra pessoa, seja ela quem for. Nas palavras do próprio Coronel Telhada:

Um PM não sente prazer de matar ninguém, pois somos treinados para salvar vidas e não para tirar vidas. Cada criminoso que nós matamos em um confronto, é como se fosse um pedaço de nós também indo embora. Somos seres humanos, com sentimentos. Mas, nas ruas, é matar ou morrer. Precisamos nos defender. Se o bandido atira, nós atiramos de volta.

A segunda HQ, ‘Um Trágico Dia Das Mães’ é ainda mais incrível, por retratar sem falsificações históricas o triste episódio do crime frio, cruel e bárbaro cometido pelos terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária do desertor Carlos Lamarca, que raptaram, amarraram, amordaçaram e, com facadas e golpes de coronha de rifle, despedaçaram o crânio do jovem Tenente da Polícia Alberto Mendes Jr., que a eles havia se entregado para salvar a vida de seus comandados. De modo que este ato de bravura incomum faz jus à chamada da capa, sendo Mendes Jr. um verdadeiro herói, que morreu para defender seus companheiros e amigos.
                Não me admira que o gibi do Coronel Telhada seja totalmente ignorado pela ‘elite’ dos Quadrinhos brasileiros, toda ela dominada pelo ideologia esquerdista, toda ela odiando a polícia (mas sempre chamando por ela quando tem seu automóvel assaltado ou quando querem expulsar algum mendigo da porta de suas casas), essa elite esquerdista que deve ficar horrorizada quando aparece alguém como Telhada que  procura contar as coisas como são, como aconteceram, sem ‘dourar a pílula comunista’ com mentiras e deformações históricas. Faço votos de que o Coronel Telhada consiga se re-eleger vereador e que possa continuar lançando essa revista que vai na contra-mão da demagogia esquerdista que vem destruindo os valores morais do nosso país. E atenção: não há um centavo de dinheiro público investido nesse gibi! Ele só foi possível de sair com essa ótima qualidade gráfica, graças aos patrocinadores (todos da iniciativa privada). Se a grande maioria dos partidos de oposição e nossas Forças Armadas parecem inermes diante do avanço petista-comunista, mesmo contando com a notória aversão da maioria dos brasileiros contra o governo do pt, é sempre bom poder contar com um opositor valoroso como o Coronel Telhada. Claro que nossa Polícia Militar ajuda a população – eu mesmo posso dar testemunho pessoal disto, eu que já fui salvo das mãos de um assaltante armado, graças a firme e decidida intervenção de dois jovens e valorosos policiais militares pilotando motocicletas e prendendo o infeliz meliante, com muita coragem, habilidade e determinação! Também é claro que existem policiais desonestos, alguns capazes de crimes cruéis, porém a maioria dos policiais militares é formada de pessoas decentes e honestas – não fosse assim, nossa vida seria insuportável, teríamos dificuldade para fazer as coisas mais simples, como ir comprar pão na padaria da esquina, ou levar uma criança na escola. Que Deus abençoe os valorosos policiais militares, nossos soldados, nossos escudos, homens e mulheres que dão tudo de si para nossa proteção.

                Como foi dito no início desta crônica, a tendência é deparar com muita dificuldade para adquirir esta publicação, portanto, quem não a encontrar nas bancas pode tentar o contato através do email contato@coroneltelhada.com.br ou quem sabe através do sítio www.coroneltelhada.com.br. Parabéns, Coronel Telhada! Siga firme na rota, não dando moleza pra essa canalhada comunista! (JS)